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Extremo Sul contra o aumento da tarifa!

Trabalhador e trabalhadora não guenta pagar 3,50!
Vídeo contra o aumento da tarifa, com depoimentos dos guerreiros e guerreiras da Ocupação Jardim da União. Da Luta do Transporte do Extremo Sul.

Jardim da União e Mangue Seco querem busão

Comunidades unidas pra lutar

A luta da periferia está na história de cada comunidade, e no Mangue Seco não é diferente. Segundo relatos dos moradores, muitos deles foram enganados e compraram lotes irregulares há cerca de 15 anos. Casas de alvenaria construídas com muito esforço foram destruídas por 3 vezes, e além dos despejos e das ameaças que alguns moradores enfrentam até hoje, as famílias do Mangue Seco sofriam com falta de luz, de asfalto, de água, de transporte, e eram muito discriminados: chamados de invasores e criminosos, não eram atendidos pelos serviços de saúde, sofriam preconceito nos comércios locais, etc. Muitas lutas foram feitas, e tudo o que se conseguiu foi conquistado com a organização e a luta dos próprios moradores, que está longe de acabar.

Uma das demandas do bairro e dos moradores da Ocupação Jardim da União é a criação de uma linha de ônibus que saia do bairro e vá direto ao Terminal Grajaú. Até hoje, para chegar em suas casas, as pessoas caminham bastante pelas ruas e pelo escadão sem iluminação, que oferece riscos nas madrugadas e noites, cheias de trabalhadores indo e voltando do trabalho.

mangue seco

Essa é uma luta antiga do bairro, mas nenhuma promessa saiu do papel. Agora é demanda também para a comunidade da Ocupação Jardim da União, que é vizinha do Mangue Seco há quase uma ano. A Ocupação se junta à luta do bairro, somando forças e se organizando para lutar.

Em reunião das duas comunidades do final de semana já foi feita até uma música pra luta:

“Jardim da União e Mangue Seco qué busão                                       Bora organizar e lutar por condução!” 

Todo poder ao povo!!!

Junho de 2013, depois de um ano

Muito além dos 20 Centavos???????????????????????????????

Há um ano, em meio à onda de protestos contra o aumento da passagem, aqui em nossa região o agito foi grande: ocorreram grandes passeatas, ondas de saques e diversos confrontos com a polícia. Apesar de termos chamado o ato de comemoração da derrubada do aumento, em 20 de junho de 2013, dizendo que “20 centavos foi só o começo”, sabíamos que não foi nem o começo, e muito menos o final da luta.

Protesto dia 18/06/13

Sem se contaminar pelo discurso e prática “coxinha” da classe média, nacionalista e conservadora, no extremo sul de São Paulo as manifestações foram ganhando um sentido coletivo e cada vez mais radical, em grande parte pelo esforço conjunto de militantes de movimentos e coletivos que já tinham um histórico de intervenções e discussões na região, e que tiveram uma atuação efetiva nos protestos, refletindo sobre o significado da revolta popular e os riscos dela ser apropriada pelos conservadores, criticando o oportunismo eleitoreiro e o aparelhamento das lutas, realizando reuniões de planejamento dos atos, confeccionando coletivamente as faixas, os cartazes, etc.

Protesto dia 20/06/13

Com isso, enquanto no centro manifestantes brigavam entre si por pautas difusas e muitas delas colocadas pela grande mídia, por aqui, a marcha em comemoração à revogação do aumento contou com poesia, teatro, e muitas outras manifestações de união e coletividade. Provocou ainda desdobramentos importantes, como a formação do coletivo “Luta do transporte no extremo sul”, que se organizou durante as reuniões de análise da conjuntura, que ocorreram na sequencia dos atos, fortalecendo a articulação entre os grupos que já estavam atuando conjuntamente e ampliando para outros movimentos e outros coletivos de militantes de outras regiões e até de outras cidades.
Na sequencia das jornadas de junho de 2013 houve uma avalanche de ocupações de terra no extremo sul, que envolveu milhares de pessoas, e estimulou ocupações em outras regiões da cidade.

Por aqui, as ocupações deram origem a muitas experiências organizativas. Algumas rezam a velha cartilha, com suas “lideranças” autoproclamadas, boas de lábia, populistas, vinculadas aos politiqueiros locais, tentando colocar debaixo do braço aqueles “bocas abertas” que têm preguiça de pensar com as próprias cabeças e preferem ser tratados como gado. Em quase todas chegaram assessores de políticos ou militantes de movimentos, oferecendo advogados “milagreiros” buscando assim assumir o controle dos processos organizativos. Outras dessas experiências deram um pé no traseiro dos politiqueiros, e colocaram em primeiro plano a autonomia e a luta direta. Resistindo aos despejos e aos ataques dos governos e das grandes empreiteiras, algumas dessas ocupações permanecem de pé, e buscam se fortalecer e desdobrar suas lutas, numa experiência cotidiana de construção do poder popular.
O saldo desse processo ainda é indefinido. As ocupações irão ouvir o canto da sereia do Estado e dos candidatos, e se dobrar a negociatas? Ou será que vão aprofundar o caminho da auto-organização? Nesse caso, serão esmagadas ou conseguirão resistir?
Não sabemos, mas de todo modo, a nossa escolha foi feita: sempre contra a maré, vamos dedicar nossas forças a combater as burocracias e a fortalecer a organização popular de caráter revolucionário. Se tivermos êxito, esses esforços darão origem a outros movimento e a outras lutas, mais consistentes e radicais, num processo de longo prazo. Caso contrário, reconheceremos a queda, sacudiremos a poeira, e nos lançaremos a novas tentativas. Todo Poder ao Povo!

do centro pro graja. contra os massacres

Sexta Feira de luta e organização em MARSILAC

1545604_287879454708304_5376093901387055296_nNessa ultima sexta feira (11/04), o povo da Ponte Seca, Ponte Alta e do Mambu, no Distrito de Marsilac, Extremo sul de São Paulo, mostrou que as pessoas que residem nesses bairros não estão para brincadeira. Elas se uniram e fizeram uma Linha Popular, realizando o transporte gratuito de muitos moradores que sem ela andariam 14 km para chegar à Unidade de Saúde (UBS).

Cansados de tanta enrolação do poder publico para implantar duas10151165_287879461374970_2963443503469591837_n linhas (Mambu-Marsilca e Reserva-Embura), reivindicação antiga na região, organizaram um ato alugando uma Van para realizar o trajeto Mambu-Marsilac com tarifa zero. Essa iniciativa tem o objetivo de provar que a implantação da linha é possível e que os moradores não aguentam mais tanto descaso do poder publico, que nunca atende essa importante reivindicação.

Todo Poder ao Povo!

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Linha Popular no Marsilac

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Pula a Catraca, Chuta a Catraca, Descatraca!

Música para nossas lutas

MÓ GOELA TIO
E A CONDUÇÃO TÁ 3 CONTO
E DAQUI A POUCO
VAI TER TAXA NOS PONTOS
E QUASE CAPOTOU
O BUSO QUE LOTOU
E SE QUEBRAR QUEM PAGA
É O MOTORISTA E O COBRADOR
A EXPLORAÇÃO É GERAL
A CONDIÇÃO É MIL GRAU
PRA NÓS NAVIO NEGREIRO
PRO PATRÃO UMA NAU
SÓ PENSAM NO LUCRO
BAGULHO ABSURDO
PAGAR PRA TRABALHAR
SITUAÇÃO QUE TÁ O CÚMULO
O PREÇO DA PASSAGEM
TIRA O DIREITO A CIDADE
PRA NÓS É CÁRCERE
NA VISÃO DELES VANTAGEM
SEM TEATRO
CASAS CULTURAIS, PARQUES
ILHADO NA QUEBRADA
SEM UNIVERSIDADE
FALAR PRUCÊ PATRÃO
SEU PLANO FAIÔ
A PISTA TRAVÔ
E AS CATRACA VUÔ
CÊ VIU QUE COISA LINDA
TEM O POVO NA RUA
CONTRA SUA CATRACA
E A SUA DITADURA
POLÍCIA É PEDRA NO SAPATO
E ELES VÊM DE BOMBA
SÓ QUE O POVO É MAIORIA
E ELES TEMEM A SOMBRA

PULA 
A CATRACA 
CHUTA A CATRACA
DESCATRACA (4X)

QUANDO A GENTE SE ORGANIZA
EU SEI QUE CÊ NEM DORME
NÃO COME, SE CAGA
E O MEDO TE CONSOME
LÁ VEM BOMBA
É… CÊ TÁ NO PANO DOS COVARDES
SÓ QUE NÃO VAI RESOLVER 
NÓS TAMO EM TODA PARTE
TAMO NO SOL, NO RELENTO
NAS QUEBRA, NO CENTRO
COM AS FAIXA MARCHANDO
E VOCÊ TREMENDO
GANÂNCIA
MÁ ORGANIZAÇÃO DA CIDADE
FODA-SE VOCÊ
E SUA CONTABILIDADE
NEM VEM FAZER DISCURSO
QUE A NOSSA PARTE É TUDO
VIEMOS PRA VENCER
E LUTAMOS PELO JUSTO
FATO ESTRANHO, HEI…
A LOTAÇÃO TÁ SEM BANCO
ENGRAÇADO É O MOTORISTA
QUE SE ACHA O DONO
SEM FGTS
NEM TEMPO DE CASA
NÃO PERCEBEU
QUE ESSA COOPERATIVA É FALSA
SE CONTENTA COM O RESTO
ATRAVESSA OS PROTESTO
COROINHA DO PATRÃO
VIROU TESTA DE FERRO

PULA 
A CATRACA 
CHUTA A CATRACA
DESCATRACA (4X)

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Hoje: Periferia luta! Contra as Catracas! Contra os Despejos!

REDE-LUTA

Dia 23 a rua é nossa!

R$ 0,20 foi só o começo…

Há poucos meses tomávamos as ruas para comemorar a derrubada do aumento da passagem, em meio a protestos gigantescos  que paralisaram diversas cidades do país. A caminhada foi bonita, mas a precariedade do sistema do transporte continua, e precisa ser combatida!

20 centavos foi uma vitória do povo guerreiro que luta nas periferias. Mas ainda é pouco pra quem passa boa parte de seu tempo nos ônibus e trens superlotados e paga tão caro pra ser humilhado diariamente. No extremo sul o povo não aceita mais desaforo de ninguém!! Bora pra rua no dia 23 de outubro lutar para novas conquistas e mais força! A luta continua! 

De novo na rua

A luta do transporte continua!

No dia 18 de junho o extremo sul parou para lutar contra o aumento da passagem. Agora a zona sul vai parar de novo, contra a humilhação coletiva do transporte! 

No dia 23 de outubro vamos lutar por um transporte a serviço do povo, e não do lucro dos empresários. Precisamos da volta das linhas de ônibus bairro-centro e da criação de linhas entre os bairros da periferia, de mais linhas em todos os horários, de ônibus 24h, de ampliação dos terminais, de expansão do trem. E chega de andar feito gado!  Periferia luta contra as catracas!!! 

pra lembrar como foi a nossa luta:

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Atividade amanhã da luta do transporte

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PERIFERIA LUTA CONTRA AS CATRACAS

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Luta do Transporte no Extremo Sul

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Luta do transporte no Extremo Sul

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Lutas no Extremo Sul

Poder Popular no Grajaú

Desde junho estamos vivendo um momento de transformações nas formas de luta no Grajaú e outras regiões do Extremo Sul. As lutamanifestações contra o aumento do transporte – que foram bem diferentes no centro e na periferia, em particular no Grajaú – culminaram numa revolta popular contra o aumento de custo de vida de modo geral. Não eram só 20 centavos da tarifa abusiva do o transporte: era o preço da comida, dos remédios que não são encontrados nos postos de saúde, e principalmente dos alugueis, já que o setor imobiliário se transformou nos últimos anos uma das  principais formas de exploração do povo.

???????????????????????????????No começo de julho um movimento de ocupações de terras, iniciado numa imensa área do Moraes Prado, incentivou milhares de outros moradores a buscar outros terrenos abandonados. Essa forma de luta direta, ao contrário do que diz o poder público, não tem nada a ver com  grupos orquestrados por partidos de oposição à atual gestão municipal. O movimento não está pautado pelas disputas eleitorais ou no oportunismo, que a prefeitura reafirma incansavelmente. Ao contrário, o movimento está pautado na necessidade concreta das famílias, que foram duramente expropriadas durante anos de despejos. É uma luta econômica contra a especulação imobiliária, que se desenvolvido e fortalecido pelas próprias políticas de habitação.

Na última semana vivemos mais importantes momentos da ???????????????????????????????afirmação da luta do povo no Grajaú. Na ocupação Recanto da Vitória, que teve uma importante conquista na semana passada, com a suspensão da liminar de reintegração de posse no mesmo dia que travamos a saída da Viação Cidade Dutra (conhecida como Bola Branca), tivemos um final de semana de comemoração, com café da manhã, teatro, música e multirão para melhorar o espaço.

Já a ocupação Jardim da Luta, no Gaivotas, que está em área de propriedade privada e que já foi ocupada diversas vezes nos últimos 20 anos e em todas elas, foi despejada, está caminhando na negociação  para a construção definitiva de moradias populares para os ocupantes. Junto com isso, a cada dia melhora sua organização interna por meio de trabalho coletivo.

???????????????????????????????Finalmente, a ocupação Jardim da União, do Itajaí – que já tinha sido despejada 3 vezes no último mês – foi novamente reocupada no sábado. Com nova ação de despejo na segunda-feira, os ocupantes marcharam até a subprefeitura e pressionaram o poder público a parar com a truculência. A intransigência e violência da prefeitura não está intimidando o povo que está disposto a reocupar quantas vezes for preciso, para que suas necessidades sejam ouvidas com respeito. E foi isso que aconteceu na terça-feira, quando o terreno foi reocupado mais uma vez, pelas mesmas pessoas que foram pra luta na quarta, junto com as ocupações Jd. da Luta e Recanto da Vitória e o apoio da Favela do Moinho. Com isso, foi arrancada na marra uma negociação com a Secretaria de Habitação do Município de São Paulo, que até então havia negado a possibilidade de negociação com os ocupantes. 

luta do transporte no extremo sulE como sabemos, a luta da moradia está ligada a muitas outras lutas: da saúde, educação e transporte, por exemplo. Com a força da ocupação Recanto da Vitória, foi anunciada a construção de uma unidade básica de saúde no Lucélia, que é uma reivindicação antiga dos moradores da região. Uma promessa não é garantia de nada, mas isso mostra a força do povo lutando junto pelo que??????????????????????????????? precisa. A luta do transporte no Extremo Sul também está caminhando, com muita agitação nos terminais, trabalhos realizados em praças, escolas, feiras e ocupações, se articulando à luta pela moradia, e às lutas dos estudantes e trabalhadores na região.

Nossa primavera ainda vai chegar. Periferia Luta!

Vamo que vamo! Todo poder ao povo!!!

Primeiras chamas

Estudantes de 2 escolas estaduais que deram início aos protestos de junho relatam a sua experiência na mobilização.

Organização popular contra a HUMILHAÇÃO COLETIVA do transporte público de nossos bairros.

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