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Vila Rubi

Desfecho na Vila Rubi

Saudações às Guerreiras da Vila Rubi.

Nesta semana, as duas últimas famílias que estavam resistindo na Vila Rubi conseguiram da Prefeitura uma indenização que permite a elas comprarem suas novas casas. A batalha foi imensa, as ameaças, as pressões e as intimidações foram inúmeras ao longo desses meses de luta. De início, a Prefeitura e a Construtora Santa Bárbara fecharam as portas e os canais de negociação, dizendo que o máximo que seria dado era o tal “bolsa-aluguel”,  mas a perseverança dessas mulheres acabou prevalecendo.

Foram muito poucos os moradores da Vila Rubi que enfrentaram as estratégias de terror do Estado e que se juntaram à luta, mas, mesmo assim, uma importante vitória foi conquistada. Parabéns às guerreiras da Vila Rubi por esse exemplo de luta e de resistência!!!

Para lembrar desse processo, assistam ao vídeo Vila Rubi Luta, publicado aqui.


No sarau da Vila Rubi

Dança, teatro e mensagem de luta agitaram o domingo da Vila Rubi

Ontem a Vila Rubi teve um domingo bem diferente. Não foram os Faustões, nem os Gugus, nem qualquer outro destes programas de variedades que costumam explorar a miséria alheia que tiveram vez na tarde de lazer da comunidade.  Foi dia de dança, teatro e mensagem de luta.

Como se sabe, há tempos, uma parte dos moradores da Vila Rubi tem vivido sob a ameaça de despejo, por conta de uma obra que está sendo realizada pelo Consórcio Santa Bárbara em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Mentiras, ameaças, pressão psicológica, e outros artifícios sujos, têm sido usados para enxotar as famílias que estão à beira de um córrego.  Mas nada de concreto lhes é indicado como alternativa.

Ontem, no sarau organizado pela comunidade, os moradores da Vila Rubi (em situação de despejo ou não) tiveram a oportunidade assistir à peça Este lado para cima, da Brava Companhia de Teatro, logo após a apresentação de Break. Sobre o que fala a peça, preferimos não acabar com a supresa e sugerir, a todos que ainda não à assistiram, que a assistam. O que dá pra dizer é que saímos de lá nos perguntando: de onde os trabalhadores tiram tanta paciência?


Sarau na Vila Rubi

Teatro, grafite e prosa sobre a questão da moradia


Vila Rubi Luta

Moradores da Vila Rubi seguem mobilizados e prometem resistir às remoções

Por volta das 19h30 de ontem, 28 de julho, os moradores que resistem às remoções ilegais promovidas pela Prefeitura de São Paulo e pelo Consórcio Santa Bárbara projetaram o vídeo Vila Rubi Luta, que documenta a mobilização que eles fizeram na semana passada no canteiro de obras da empresa. Na ocasião, eles exigiam que algum representante das obras apresentasse com mais transparência, a toda comunidade, qual é projeto que eles têm para o bairro e o quê teriam para oferecer em contrapartida àquelas pessoas que terão de abandonar as suas casas. Como era de se esperar, não ouve esta atenção nem por parte da empreiteira e nem por parte da Prefeitura.

Logo depois do filme, junto com outros moradores de outra parte da comunidade, que temem que a onda de remoção também os atinja logo logo, as famílias trocaram idéias e pensaram os próximos passos que deverão seguir.

Veja abaixo o vídeo

Vila Rubi Luta:

Fotos da projeção do vídeo e da conversa entre os moradores:

 

Luta na Vila Rubi

Moradores cobram esclarecimentos e atendimento habitacional do Consórcio Santa Bárbara

Ontem, dia 20 de julho de 2010, moradores se organizaram numa luta contra os despejos truculentos realizados durante a semana passada na Vila Rubi. Cerca de 17 casas já foram demolidas e outras famílias resistiram ao despejo, apesar de terem a estrutura de suas casas abaladas pela força dos tratores.

Além da violência habitual do Estado contra a população pobre, o processo foi bastante irregular: muitos moradores tiveram suas casas marcadas, mas não receberam nem assinaram notificação de despejo, algumas famílias foram removidas sem receber nem ao menos o contrato de bolsa-aluguel que outras famílias receberam. Ainda assim, o contrato não apresenta garantias de continuidade do “benefício”.

Moradores ainda relataram a diferença nos valores do auxílio oferecido para cada família, o que poderia provocar desunião e confronto entre os moradores. Em resposta a esta estratégia de divisão da comunidade, eles exigiam que a negociação passasse a ser feita coletivamente e as informações transmitidas diante de toda a comunidade, e não individualmente.

Não aceitando estes desrespeitos , o povo se uniu numa manifestação pacífica em frente ao canteiro de obras do consórcio Santa Bárbara, empreiteira responsável pelas obras contratada pela SEHAB da Prefeitura de São Paulo. Os responsáveis presentes – assistentes sociais e engenheiro – se recusaram a dar um atendimento coletivo e dar informações básicas sobre o processo de despejos na favela, dentre elas, o motivo dos despejos, o projeto que pretendem realizar, a quantidade de moradores que pretendem remover, etc.

O povo não aceitará esse tipo de atitude dos poderes públicos. As famílias resistem e exigem seu direito à moradia. A luta continua.