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Mais uma conversa mole da prefeitura…

Repressão na EMEF João da Silva

Apesar de hastear em todo canto a bandeira do diálogo sobre os temas gerais da cidade, a prefeitura parece não se importar com os problemas concretos da educação que ela mesma promove. A EMEF João da Silva continua numa situação lamentável e as denúncias de desvios, autoritarismo, assédio moral, etc. cometidos pelo diretor Alexandre continuam a rondar a comunidade. 

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Funcionários, mães e pais de alunos encontram-se numa situação absurda: uns são impedidos de falar em reuniões, são perseguidos, e sofrem intimidações de todo tipo no cotidiano da escola. Outros fingem não ver nada para não ter que se dar ao trabalho de se organizar, ou simplesmente são enganados pelas pequenas migalhas oferecidas à população, como por exemplo o fato de terem sido iniciados os atendimentos médicos para a comunidade nas salas de aula (por falta de Unidade Básica de Saúde também neste bairro! o famoso “jeitinho” que já conhecemos...). 

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E quanto aos alunos do primeiro ao nono ano? Estes nem falar mais podem, pois sofrem todo tipo de ameaça dentro da escola por participarem das atividades políticas. Enquanto isso a Diretoria Regional da Capela do Socorro simplesmente diz que nada pode fazer… Após o protesto do dia 25/04, em mais uma reunião com a comissão de supervisoras que está apurando o caso, foi reafirmado o descompromisso do poder público com a educação.  Figura1MafaldaDesde novembro do ano passado, quando foi encaminhado um dossiê com denúncias e provas da negligência da diretoria da escola, foram várias as tentativas de resolver o problema conjuntamente e, numa reunião antes do carnaval, a Diretoria Regional se comprometeu a trabalhar rapidamente e contribuir para acabar com o clima de guerra que está na escola. Este clima só tem chance de acabar com a saída do diretor, que infelizmente, personifica o cinismo, o autoritarismo a corrupção estatal, aumentando ainda mais a crise que toda escola pública sofre hoje. Apesar de já terem sido comprovadas irregularidades graves (segundo as próprias supervisoras), nada de prático foi encaminhado para dar uma solução. E por isso, semana passada, entregamos um novo dossiê à DRE e fomos dar uma forcinha para o bota fora do diretor em frente à escola.

Chega de repressão!

Não é essa a educação que precisamos!

Mais uma Denúncia sobre Escola do Grajaú

Escola de Lata e o Medo de Desabamento

Agora a denúncia é sobre a escola estadual João da Silva (não confundir com a escola municipal João da Silva, em luta para derrubar um diretor autoritário), que se encontra em situação precária, como pode ser visto no vídeo-denúncia abaixo. É uma escola de lata que parece na iminência de cair. Vários engenheiros já atestaram a necessidade de reforma, mas quando se trata de tirar de uma situação de risco os funcionários e as 700 crianças que estudam lá, daí a burocracia estatal é uma barreira insuperável, mostrando que para ela a nossa vida não vale nada. 

É realmente revoltante que se leve tanto tempo para resolver um problema dessa gravidade, e é preciso que a comunidade escolar e o conjunto dos moradores da região se organize para exigir isso. Não podemos nos omitir!

 

Saúde Pública no Extremo Sul

Calamidade na UBS da Chácara Santo Amaro

Há meses, a água usada na UBS da Chácara Santo Amaro está contaminada! Pense o que isso significa numa instituição de saúde! Por exemplo, o dentista vai tirar um dente, e lava a ferida com essa água, cheia dos tais “coliformes fecais” e outras coisas do tipo.

Depois de muita conversa, a Prefeitura começou a mandar um carro-pipa para a UBS, mas daí essa água limpa é jogada na caixa d’água, e ela se mistura com a água contaminada, o que não resolve nada (veja mais aqui). 

Depois de uma reunião na semana retrasada, foi prometida a instalação de uma cisterna, mas até agora isso não aconteceu. E provavelmente mesmo isso não vai resolver o problema, porque o volume de água usado é muito grande, e exige a abertura de outro poço.

Tudo isso parece piada, mas é algo muito sério, que mostra o descaso e a humilhação que sofremos. E revela algo que já devia ser do conhecimento de todos: que nem o Estado, nem os gestores da UBS (também aqui é a Associação $aúde da Família) dão a mínima para a saúde da população. Já passou da hora da gente reagir!

Saúde Pública no Extremo Sul

UBS Cantinho do Céu: A palavra já fez curva

Como a gente noticiou aqui no blog, no mesmo dia em que fizemos o protesto pela UBS do Cantinho do Céu, a Coordenadoria de Saúde se apressou a nos trazer as “boas novas”: tinham conseguido o protocolo X, do documento Y, do guichê Z, do Departamento W etc., e por isso, o aluguel do prédio da UBS devia sair em 1 mês, e na pior das hipóteses a UBS do Cantinho começaria a funcionar em setembro.

Dois dias depois houve uma reunião como Subprefeito da Capela do Socorro, e ele disse que a rua da tal casa que seria alugada, a Rua dos Acordes, não existe para a Prefeitura, e que portanto aí não vai ter UBS!

Nesse episódio, a má-fé da Secretaria de Saúde se revelou mais uma vez: além de anos de enrolação, e um amontoado de promessas não cumpridas, mesmo depois de saber da resposta do Subprefeito, foi à mídia dizer a mesma conversa fiada que disse pra gente (veja aqui a reportagem).

E agora, de novo, pede aos moradores e aos membros de conselhos gestores de saúde locais para que eles procurem outras casas que possam servir de sede à UBS. É de lascar, pra dizer o mínimo!

Por outro lado, também fica evidente a má vontade da burocracia estatal: a Prefeitura diz que a Rua dos Acordes não existe, mas lá chega luz, chega água, chega correspondência, e chega até um monte de politiqueiros pra pedir voto em todo ano eleitoral. Por que diaxo não se registra a rua, ou não se autoriza a construção da UBS?

Bastaria querer, mas quem se importa com a saúde da população pobre?

É por isso que mesmo com a nova promessa da Secretaria de Saúde a gente tinha decidido não ficar de braços cruzados, e continuar a luta por melhorias da saúde pública na região.

E se não vão alugar o lugar que foi prometido, vão alugar outro, porque a UBS do Cantinho vai sair. Ah, se vai!

Depois do Despejo I

Escombros na Vila Brejinho

Há mais de dois anos a Vila Brejinho deixou de existir, destruída pela Prefeitura, e até hoje nada foi feito no lugar. Onde antes havia  uma comunidade, ainda encontramos o entulho das casas derrubadas.

As famílias ainda recebem o “auxílio-aluguel” de  400 reais, mas não tem notícia de quando receberão a “alternativa habitacional definitiva”  de que fala o contrato.

Então fica a pergunta: várias casas que não estavam em risco foram destruídas, mas a troco de quê? Para acabar com os lares a Prefeitura não perde tempo, mas para construir as novas moradias e criar algo no lugar que despejaram, aí não há pressa nenhuma.


Casos de Meningite

Relatos sobre casos de meningite

Em nossa região, têm surgido notícias de pessoas que contraíram meningite, e mesmo de óbitos em função dessa doença. Houve, por exemplo, casos de meningite na Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Aristides Nogueira, no Parque Cocaia I, no Jd. Toca, e em outros bairros daqui. Algumas companheiras que recorreram às instituições de saúde em busca de informações, num primeiro momento receberam como resposta que a Prefeitura não iria fornecer vacinas, pois não se tratava de uma epidemia… 

Talvez não seja o caso de vacinação, mas o fato é o seguinte: se fosse o filho de um grande empresário ou do Prefeito que tivesse contraído a doença, seria um deus-nos-acuda, mas como são pessoas pobres, a coisa é bem diferente. 

É preciso ficarmos atentos e nos organizarmos para exigir respostas rápidas a situações como essa, que são bem localizadas, para que não ocorram mortes e sofrimentos que podem ser facilmente evitados.

Negligência criminosa

“Catástrofe natural”?

Foi divulgado recentemente (veja aqui e aqui) que o governo estadual de São Paulo cortou por três anos seguidos as verbas para a limpeza da calha do Rio Tietê. No entanto, o caso foi em grande medida abafado, já que, quando não são as mesmas pessoas, as elites, o Estado, e a grande mídia partilham os mesmos interesses. Enquanto isso, em quantas comunidades da periferia, como a Vila Madeirite, e o Jd. Pantanal, famílias continuam vivendo um verdadeiro pesadelo com as enchentes?