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Atividades abertas no Jardim da União

Construindo o Poder Popular

A Ocupação Jardim da União está realizando diversas atividades abertas aos moradores dos bairros vizinhos. Não queremos apenas construir as nossas moradias, mas também produzir a nossa cultura, a nossa educação, a nossa comunicação, assumindo o controle sobre o nosso destino.

E como não poderia deixar de ser, tudo isso sem ONG, sem patrões, e sem rabo preso com políticos ou empresários! Confira algumas dessas atividades aí embaixo, e participe dessa luta! 

Todo Poder ao Povo!

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Encontro de Formação – Comunicação e Poder Popular

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Manifesto do Coletivo de Cultura e Comunicação

Manifesto do Vozes da Trincheira

Coletivo de Cultura e Comunicação da Rede Extremo Sul 

Nossas comunidades sempre mantiveram uma produção cultural intensa e independente, e nos últimos anos a coisa ficou ainda mais agitada com a multiplicação de coletivos de cultura, muitos deles buscando construir uma cultura de resistência, com uma capacidade organizativa que poderia contribuir para o fortalecimento das quebradas.

Acontece que os abutres – os Itaús Culturais da vida, a mídia, os politiqueiros, os “governantes” – logo perceberam esse potencial, e se mobilizaram para acabar com ele, e ainda fazer dinheiro com isso. Por meio de editais e migalhas de diversos tipos, junto com holofotes e pagação de simpatia para inflar o ego dos vaidosos, esses abutres conseguiram acabar com a independência e a radicalidade de muitos grupos, que quando não racharam, viraram reféns dos financiamentos, e consequentemente dos financiadores. Presos ao individualismo e ao estrelismo, muitas pessoas se rebaixaram à condição de funcionários de uma “política cultural” precarizada, barata e tosca, para “pobres”. Por outro lado, foi feito um grande esforço para vender a periferia como uma mercadoriazinha, em revistas, jornais, novelas, programas e propragandas de TV.

Sem desrespeitar a caminhada de ninguém, mas mantendo as características de um coletivo criado no interior de um movimento popular, o Vozes da Trincheira tem o intuito de contribuir para o fortalecimento de uma cultura que resista às estratégias de desmobilização da comunidade, e que legitime uma postura auto-organizativa, dispensando qualquer vínculo partidário, parceria com o governo através de editais, convenio com empresas ou subsídios de ONGs. Além disso, contra a zé-povinhagem e contra as mentiras que os grandes meios de comunicação nos obrigam a engolir, queremos ajudar a criar nossas próprias formas de comunicação, que expressem nossa realidade, e contribuam com a construção do poder popular.

Não queremos holofotes, mídia, e nem tapinhas nas costas. Queremos somar na criação de outras propostas, que possam ser viabilizadas por nós da comunidade, sempre repensando nossa prática e sempre abertos ao diálogo. Queremos deixar de lado o mito do Artista, como se o artista fosse especial e melhor do que os outros, e valorizar a força de um povo organizado: onde não há espectador ou plateia, mas sim união popular. Esse é o único jeito de transformar nossa realidade.

Para nós, a luta diária não está separada da cultura. E não acreditamos que a cultura deva servir simplesmente como forma de esquecer os problemas, de relaxar etc. Queremos contribuir com a construção de uma unidade, em que a cultura seja mais uma forma de resistência e a resistência seja cada vez mais admitida como cultura nas comunidades. Dessa forma, os problemas relacionados ao transporte, à saúde, à moradia, ao encarceramento em massa do povo pobre, entre outros, estarão presentes nas discussões e principalmente nas ações do coletivo.

Reconhecemos que a caminhada para a consolidação do poder popular é longa, mas entendemos que a realização de atividades pequenas, que aproximem e reafirmem a ideia do fazer junto, e que considere o contexto cultural da comunidade, mesmo que contemplem um número menor de pessoas, pode ser o caminho para não reproduzir a lógica do mercado, que requisita e denomina talento, mistifica a arte, elege os “artistas” e individualiza, atraindo multidões descompromissadas com os processos organizativos – o que acaba com a possibilidade de construção desse poder popular.

Como fazedores de cultura, consideramos que nossa “qualidade artística” é medida pela nossa capacidade de organização e de luta, e é por isso que uma das nossas estratégias mais importantes é a da socialização dos meios de produção, o “fazer nóis, por nóis, e pra nóis”. Noutras palavras, ou a cultura é parte da construção revolucionária, ou ela é só mais uma mercadoria, que serve para alimentar as formas de opressão e de exploração a que estamos submetidos. Nessa guerra, sabemos bem qual é o nosso lado da trincheira. 

Todo Poder ao Povo!

 

Invasão do Blog

Invasão do nosso Blog

Há alguns dias umas empresas começaram a usar o nosso blog para fazer propaganda sem a nossa autorização. Quem acompanha o blog ou conhece nosso movimento sabe que nunca deixaríamos que usassem esse nosso espaço de comunicação para esse tipo de coisa.

Estamos tentando acabar com isso o mais rápido possível. Valeu pela compreensão.

Sarau do Recanto

Imagens do último Sarau

O Hip Hop falando mais alto

As mídias e o que elas fazem com o futebol é mesmo uma coisa muito zuada. Um esporte lindo, uma paixão acaba se tornando um instrumento de alienação e uma mercadoria. Contra tudo isso e a favor da união, poder popular e convivência realizamos, no SARAU, a transmissão da final do campeonato brasileiro, em meio à música, break dance, idéias, etc., muitos fogos e gritaria. 

ArteRima cantou, CFL cantou, Xemalami somou, Renato Nonato recitou; rolou basket no meio da rua e se estendeu até altas horas! O Lucélia  viveu um dia contrastante como a poesia do Renato, e se tiver que ser assim a união do povo por uma vivência digna, que seja CoNtRaStAnTe; mas que SeJa! E SeJa SeMpRe, enquanto não mudar. Domingo o time do povo tava fazendo rap na rua, tava recitando poesia na rua, tava dançando na rua e lutando para poder gritar “É campeão!!” todos os dias. 

Desinforme-se você também

Desinformemo-nos e revolucionemos

Vejam aqui um texto e um vídeo nossos traduzidos para o espanhol, pel@s companheir@s do Desinformémonos, neste mês de seu segundo aniversário. Vida longa aos combatentes da contra-informação. 

Sarau do Recanto

Oficinas da Rede

Um salve aos companheiros e companheiras que participaram das nossas primeiras oficinas. Elas são uma parte da nossa correria para fortalecer a cultura de resistência, feita por nós mesmos, e de colocar nossas idéias e brisas para fora, tomando vida no mundão.

Logo mais, tem mais

Horários definidos

Cursos em Comunicação e Cultura Popular 

Somando as inscrições nos cursos, os horários que ficaram foram os seguintes:

– “ARTE DE RESISTÊNCIA E INTERVENÇÃO DE RUA” – Sábado, das 10h ao Meio-Dia.

Local: E.E. MARIA LUIZA DE ANDRADE M. ROQUE. RUA MARCELINO NOGUEIRA JÚNIOR, 117, JD. ELIANA, GRAJAÚ.

– “O VÍDEO COMO MEIO DE EXPRESSÃO E COMO INSTRUMENTO DE LUTA” – Sexta-Feira, das 16h às 18h30.

Local: ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO JARDIM PRAINHA. ESTRADA DA LIGAÇÃO, 343, JARDIM PRAINHA.

– “DIALOGANDO SOBRE RAP, FUNK, POESIA E OUTRAS BRISAS” – Domingo, das 14h às 16h.

Local: E.E. PROFª ANA MARIA BENTO (COCAIA IV). RUA MINISTRO MARIO DAVID ANDREAZZA, 94. PQ. RESIDENCIAL COCAIA.

Agora é botar a mão na massa!!!

Abertas as Inscrições

Comunicação e Cultura Popular

De acordo com nossos objetivos de socializar os meios de produção, daremos início na semana que vem a três “cursos” ligados à cultura e à comunicação popular. São oficinas práticas de vídeo, de grafite e stencil, e de poesia, pensadas como instrumentos de expressão, de organização e de luta.

Para maiores informações, cliquem nos documentos abaixo. Para fazer a inscrição via internet, baixe a Ficha de Inscrição, preencha e nos envie anexada no e-mail redeextremosul@gmail.com. 

Foto-Reportagem do Desinformémonos

Solidariedade não respeita fronteiras

Apesar de silenciosa, uma das maiores vitórias dos nossos inimigos de classe foi ter conseguido fazer com que nós não nos olhemos como iguais; foi fazer com que a gente se fechasse em torno de nós mesmos, querendo ser o herói da novela, e deixando de ver nos nossos vizinhos companheiras e companheiros de caminhada.

Nós, que queremos virar esse jogo, lutamos contra isso cotidianamente, em nossas comunidades, sempre passando por mil dificuldades, sofrendo preconceitos, enfrentando desconfianças, e tendo resultados pequenos, mas fundamentais. Enfim, sabendo que o processo é lento, mas que vale a pena.

No meio dessa peleja, para nós é uma alegria ver uma demonstração de apoio e solidariedade partindo de camaradas de outros países. Aquilo que as fronteiras tentam distanciar, a solidariedade aproxima. Um salve aos companheiros e companheiras de luta e de sonho do Desinformémonos, combatentes das trincheiras da comunicação.

Acesse a foto-reportagem das lutas aqui. E o Manifesto de 1 ano da Rede em espanhol, aqui.

Mais uma atividade da rádio

Rádio no Cantinho do Céu

Neste final-de-semana, a rádio vai rolar na Casinha das Mães: Cultura e Resistência Popular, lá no Cantinho do Céu. Bora aê fortalecer essas importantes trincheiras da luta popular, a da comunicação e da cultura!


Comunicação e Rádio Livre

Zine – Rádio Livre

Segue aí dois trechos do zine feito para a inauguração da Rádio do Recanto. Já começou da hora! Basta clicar pra aumentar…

Rádio Recanto Cocaia

Olha como tá! Luta pra mudar!

Foi muito da hora a atividade de inauguração da Rádio, neste final de semana. Parabéns ao Coletivo RadioAtivo e a todos os que estão contribuindo nessa trincheira, maquinando formas de a gente se comunicar e produzir informações do nosso jeito e por nós mesmos. Vida longa à Rádio do Recanto, e força pra nós nessa luta para deixarmos de ser esmagados por essa mídia desgraçada que tenta nos manipular e nos transformar em idiotas. Rolou batalha de Mc’s: “Olha como tá! Luta pra mudar!”, o bom reggae da banda Unidade e a música instrumental da Corrente do Som.  Além do microfone aberto para quem quisesse somar. E de quem soma na luta de todo dia, também vem a poesia que alegra a caminhada.

Segue abaixo um trecho do poema sobre a Rede, escrito e recitado durante a atividade pelo camarada Renan. É nóis!

Esta Rede faz barulho
e isso me faz gostar dela
me faz parte dela.
Sinto um certo orgulho
em saber que estou nesse movimento
útil e gostoso.
Em saber que meus pés
ajudam a Rede a me tirar
de uma paralisia orquestrada
e me levar a lugares mais altos.
A Rede é resistente,
resiste, persiste.
Legal também é saber que
ela não tem nenhum objetivo
a não ser o de balançar
o de acordar num balanço forte
o de dar momentos de sonhos
Em meio a pesadelos

Renan Oliveira