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Solidariedade à Ocupação Estaiadinha – ZN

Mais um despejo ontem, mais lutas pra amanhã…

A comunidade Estaiadinha que estava ocupando área próxima à ponte Estaiadinha, na Zona Norte, sofreu um despejo.  Essas famílias que mostraram garra e disposição nos últimos meses, e que fizeram protestos que pararam a cidade, lutaram e resistiram até o momento do despejo realizado de forma violenta ontem, dia 16 de novembro. Os barracos foram incendiados antes que as famílias pudessem retirar seus pertences, em mais uma ação covarde e truculenta do Estado contra a população que luta. A luta da moradia não será resolvida com repressão. Onde morre uma ocupação, nascerão muitas outras lutas.

As famílias que não tem para onde ir pedem ajuda. Para mais informações, veja aqui.

Cultura de Luta no Extremo Sul

A transformação que vem de baixo

1No final de semana passado celebramos a luta direta por moradia no extremo sul, daquele jeito que só nós, os que lutam aqui de baixo, sabem fazer: com humildade, solidariedade e união.

No sábado teve sarau na ocupação Recanto da Vitória, com osrecanto companheiros e companheiras do Cursinho Raiz e do grupo de teatro Enchendo Laje e Soltando Pipa, cheio de poesia, cenas e músicas, todas carregadas de indignação contra a exploração e a violência do Estado.   

6No domingo foi bonita a festa no terreno do Itajaí, onde a ocupação Jardim da União foi violentamente despejada no dia 16 de setembro.  Apesar de tentarem nos derrubar com violência policial e levarem todas as nossas coisas, não levaram a esperança de construir uma comunidade com nossas próprias forças.  E para não apagarem nossa história de luta neste3 terreno, comemoramos os meses de luta das ocupações do Grajaú no barracão do povo, que foi construído para abrigar as famílias que não tinham para onde ir e abrigar nossas atividades de resistência.  Teve teatro, agitação pra luta do transporte, rap, grafite, comida, e companheiros que vieram de longe pra ver de perto a resistência e somar na luta.

5Um salve ao Movimento Terra Livre, aos companheiros do Coletivo Fora de Frequência, do Semblantes, da Rádio Várzea, da Trupe Lona Preta, da Brava Cia de Teatro, do Partida Teatral, do Enchendo Laje e Soltando Pipa, do Movimento Passe Livre – SP, do Projeto Raiz, ao Alan Zas, que fazem da solidariedade ação política, e estiveram junto em7 mais um dia de luta. Todos sabemos que as mudanças se constroem no cotidiano, com as coisas que podemos fazer por nós mesmos, sem depender de ninguém dos “de cima”.

Desde baixo é que se transforma! Periferia Luta!

Sarau das Ocupações – 5 de outubro

Um salve aos comp@s do Projeto Raiz (Cursinho Popular), que estão somando nas lutas das ocupações e organizando um sarau, cheio de música, poesia e conversa boa. Cheguem todos na Ocupação Recanto da Vitória!! É nóis!!

SARAU

Poesia que nasce da Luta!

Hoje a reunião é na rua

A cidade não cabe em si,
A cidade explode,
A borda se revira.
A borda mostra que não é mentira a injustiça de todo dia,
Que a violência é cotidiana,
Que o opressor não se engana.
Sabe como, quando e de quem arrancar a mais-valia:
A fonte é o trabalhador, a periferia.
Com isso, a porca aperta e o parafuso espana,
Muitos não aguentam a situação desumana.
Gritam e dão a cara a bater,
Exaltam o direito de existir,
Mesmo quase não tendo o que perder.
Grajaú, Sítio São Francisco, Calmon Viana,
Quando a favela sai às ruas, não se engana.
Sabe quem tá do seu lado e quem defende os bacanas.
E do alto do prédio,
Sobre as vidraças do palácio da burocracia
A lona preta se espalha:
Exigimos moradia!
Que os politiqueiros de plantão se arrepiem,
Que as velhas estruturas tremam até ruir,
Só assim é possível sonhar um mundo novo,
Só assim lançamos as fagulhas do poder do povo.Alexandre Falcão
(diretamente inspirado pela ocupação da Secretaria do Verde pelo movimento de moradia do Grajaú)
São Paulo, 24 de setembro de 2013
viva as ocupaçõesPoema que recebemos pela nossa página do facebook do Alexandre Falcão, que tinha reunião marcada na Secretaria na terça-feira e se deparou com nosso protesto.
Todo poder ao Povo! Periferia Luta!

Homenagem às Lutas das Ocupações do Grajaú

Teatro e apoio  à luta por moradia 

Os companheiros e companheiras da Brava Cia de Teatro, que estavam  em campinas na terça-feira pela manhã, dedicaram a apresentação da peça “Este Lado para Cima” às ocupações do Grajaú. 

Seguimos juntos na luta!  Ocupar, Resistir!

Notícias rápidas

Por volta das 14h, os militantes da Rede de Comunidades do Extremo Sul – SP, que estavam detidos da 85 DP, foram soltos por falta de provas. Os bebês que passaram mal com o gás lacrimogêneo estão bem, outros feridos também estão se recuperando. 
A prefeitura, que deu a ordem de despejo, não ofereceu nada aos moradores do Jd. da União. As pessoas que forem despejadas pela quinta vez e que não tem para onde ir, foram acolhidos pela ocupação Recanto da Vitória, que recolheu doações de colchões e comida dos moradores do entorno e da própria ocupação. A ocupação Jardim da Luta também está junto.
SOLIDARIEDADE ÀS OCUPAÇÕES DO GRAJAÚ.

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Solidariedade ás Ocupações do Grajaú

campanha de arrecadação ocupações graja2

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Campanha de Solidariedade às Ocupações do Extremo Sul

campanha 2

Solidariedade à México 70 incendiada!

Desta vez foi em São Vicente, onde a Comunidade México 70 foi atingida por incêndio e mais de 350 famílias perderam tudo. 

Quem puder ajudar com doações os pontos de recolhimento na Baixada são: 

Vila do Teatro – Centro de Santos ao lado da rodoviária/ UNIFESP –  rua Silva Jardim 136 Santos Vila Mathias/ Colégio Lúcio Martins Rodrigues – rua Odair Miller A. Marques, nº 434 – Vila Margarida  São Vicente Fone: 3464-6289/ Centro Comunitário Saquaré – rua Mascarenhas de Morais – Igreja Bom Jesus dos Navegantes próximo ao mercado Atalaia: 3463-0229

Mais informações aqui e aqui

 

Contra o Despejo do Assentamento Milton Santos

Assentamento Milton Santos Resiste!

incra ocupadoNo final do ano passado, noticiamos que um assentamento localizado na região de Americana estava ameaçado de despejo. Há sete anos as famílias lá residem e produzem, e há tempos o assentamento foi reconhecido pelo Incra. Mesmo assim, ontem, no dia 15 de janeiro, essas famílias receberam a notificação de despejo, dada pelo  juiz Luiz Stefanini, o mesmo que determinou a desapropriação da Reserva Indígena dos Guarani Kaiowá. Mais uma vez, fica evidente para que serve a dita “justiça”, sempre a favor dos interesses dos grandes proprietários, dos especuladores, dos empresários.

Também há tempos os assentados reivindicam que o governo federal, na figura da presidenta Dilma Roussef, assine a desapropriação da área, garantindo a existência do assentamento Milton Santos na terra em que ele se encontra. Como resposta, até agora os representantes do governo federal negaram a possibilidade do despejo, e disseram que se fosse realmente necessário, ocorreria a desapropriação.

Agora é hora de cumprirem essa promessa, e para pressionar os governantes os moradores do assentamento Milton Santos, juntos com outras organizações, ocuparam o INCRA, e estão organizando um conjunto de lutas. Hoje, dia 16, às 18h, haverá uma reunião no INCRA ocupado, aberta a todos e todas que se solidarizam com essa luta. O Assentamento Milton Santos Resiste!

 

Enchente no Jd. Pery

Um Filme que se Repete pela Cidade

Começa a época de chuvas, e com ela o desespero de muitas famílias que sofrem ano após ano com as enchentes. Sabemos que não é a “natureza” ou “São Pedro” os culpados pelo suplício dos tantos e tantas de nós castigados pela seca e pelas enchentes. 

Aqui em São Paulo, o orçamento para prevenção de enchentes é irrisório, e ainda assim ano após ano a prefeitura não gasta nem metade dele. Afinal, quem nos governos se importa com a população pobre? Além disso, as enchentes viraram uma arma da especulação imobiliária para despejar as famílias que são consideradas obstáculos às obras e às tramóias tão lucrativas para imobiliárias, construturas, incorporadoras, políticos, juízes etc. E para piorar, muitas das enchentes são causadas ou pelo menos agravadas por obras malfeitas.

Divulgamos aqui um vídeo feito por um companheiro da Zona Norte, logo depois de uma enchente que aconteceu há alguns dias, na Favela do Flamingo. Infelizmente, trata-se de um filme já conhecido por nós do extremo sul. E se todos os extremos da cidade não se unirem para mudar essa situação, continuaremos a presenciar e a viver esse tipo de tragédia. 

Mais notícias de uma guerra

Moradores do Moinho reprimidos a ferro e fogo

Depois da tragédia de terem suas casas destruídas pelo fogo, em mais um incêndio criminoso a serviço da especulação imobiliária, moradores da Favela do Moinho que tentavam reconstruir suas casas são atacados pela Guarda Civil Metropolitana, que usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e também balas de chumbo para impedir a reocupação da área. As notícias são contraditórias, mas alguns moradores ficaram feridos, e pelo menos uma pessoa foi baleada.

Sabemos que o Estado e os endinheirados não tem qualquer limite ou pudores quando se trata de defender seus interesses e oprimir a população pobre. Uma ação como essa, contra os moradores do Moinho, ao invés de normal, precisa se tornar impossível e impensável. Isso está longe de dizer respeito apenas às pessoas que foram atacadas pela polícia no Moinho. É tarefa de todos nós, lutadores e lutadoras, nos organizarmos para reagir, e fazer com que esse tipo de violência contra uma quebrada faça levantar todas as quebradas, em solidariedade para com os nossos iguais.

A Luta continua no Pinheirinho

Sábado, dia 3/03, a partir das 15h, ato-show “Somos Todos Pinheirinho”, comemorando 8 anos de ocupação. Em São José dos Campos, no Campão do Campo dos Alemães. O documentário será projetado as 18:30.


Extremo Sul é Pinheirinho

Pinheirinho no Grajaú 

Diante da ação truculenta da PM e do governo para despejar o povo da ocupação Pinheirinho em São José dos Campos, temos poucas maneiras de expressar nossa revolta e nossa solidariedade. Estamos de luto. E junto com o coro de camaradas lutador@s, somos todos Pinheirinho.

Faixas produzidas no Sarau de hoje, no Jd. Lucélia


Suspensa a reintegração

Estado volta atrás e suspende a reintegração de posse

Graças à resistência d@s moradores da ocupação do Pinheirinho, uma decisão judicial suspendeu a reintegração de posse, prevista para esta madrugada. Parabéns aos companheiros e companheiras, pelo exemplo de luta! Vida longa à ocupação do Pinheirinho!