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Jardim da união resiste!

CAMPANHA “JARDIM DA UNIÃO RESISTE!”

O curto período em que foi suspenso o processo de reintegração de posse contra a ocupação do Jardim do União será marcado por muitas lutas e muitos esforços no sentido de combater a ameaça contra essa comunidade, que foi construída com tanta dedicação, com tanto companheirismo, OUSADIA e esperança.
É com esse espírito que pedimos apoio à nossa Campanha “Jardim da União Resiste”, para tornarmos conhecida a caminhada de seus tantos guerreiros e guerreiras, e para juntarmos força contra a violência do Estado.
Dentro dessa campanha, produziremos diversos vídeos que retratam diferentes dimensões dessa luta e da situação atual da ocupação. Pedimos a todos que se solidarizam com a Ocupação Jardim da União a nos ajudarem a difundir o vídeo abaixo e os outros materiais que iremos divulgar nas próximas semanas. TODO PODER AO POVO!

Vídeo do último Protesto: Jardim da União Existe e Resiste!

Jardim da União Existe e Resiste!

Há tempos que o Jd. da União não acredita em promessas de políticos e entende que o poder que está por trás dos partidos não está interessado em garantir melhorias para a população, muito pelo contrário, são grandes corporações que além de sugar o suor do nosso trabalho são as grandes responsáveis pelo sucateamento dos serviços públicos. Por isso nossa luta sempre segue em direção a autonomia e a organização feita pelo povo e para o povo!
Abrindo nossa jornada de luta, fizemos uma longa caminhada – maior do que planejada, pois tivemos que passar na delegacia para liberar um companheiro que foi detido arbitrariamente – na região de Santo Amaro.
Segue o registro do protesto feito em 4 de março e da sua organização:

https://vimeo.com/122166832

DESPEJO NO JD SÃO LUIS

AMEAÇA DE DESPEJO IMINENTE NO JD. SÃO LUIS

Famílias que ocuparam um terreno no Jd. São Luis há quase um ano, e fizeram ali suas moradias, receberam na última sexta-feira, dia 23/01, a notícia de que uma juíza ordenou seu despejo. Como de costume, trata-se de um terreno abandonado há décadas, mas bastou o povo pobre cair para dentro, que apareceu dono e projeto: a COHAB, que se diz dona do terreno, entregou-o de graça para a gigante empreiteira TENDA, e exige a reintegração de posse.
A ação de despejo, inicialmente previsto para o dia 29/01 (menos de 6 dias depois da ordem da juíza), foi prorrogada por 8 dias (!!!) depois de um protesto dos moradores na COHAB, e nenhuma alternativa foi dada às famílias.
O vídeo abaixo conta um pouco dessa trágica história. Todo poder ao povo!

A Luta das Ocupações do Extremo Sul e a Especulação Imobiliária

Especulação Imobiliária e Construção de Moradias no Extremo Sul

Sobretudo na última década nossa região foi alvo de despejos em massa,  em meio a um processo brutal de especulação imobiliária, que levou às  alturas o custo da terra e dos aluguéis, e agravou um já terrível  problema habitacional. As ocupações em nossa região foram uma resposta  popular a esse quadro, porém a situação permanece crítica. Apesar de  terras imensas estarem abandonadas há décadas, assim que ocorreram as  ocupações apareceram donos, liminares de reintegração de posse e  projetos habitacionais. E acabamos por abrir uma caixa preta…
mapa_zeisUma região em que boa parte das terras é grilada, endividada, cheia de  entraves judiciais, e que é ambientalmente frágil, concentra a imensa  maioria das áreas de ZEIS 4 da cidade, destinada à construção de  habitação popular. Isso ocorre porque as terras aqui eram  relativamente baratas, o que tornaria os empreendimentos habitacionais  mais lucrativos, com base nas regras do Programa Minha Casa, Minha  Vida. Nesse programa, as construtoras recebem um volume de dinheiro  fixo por unidade habitacional, e esse montante deve servir tanto para  executar a obra, quanto para comprar o terreno. Assim, quanto mais  barato o terreno (ou seja, mais distante das áreas centrais, com  infraestrutura mais precária etc.), melhor para a construtora.
Por meio da legislação de ZEIS, as empreiteiras, valendo-se da  
Prefeitura, buscaram criar aqui uma reserva de mercado, e um banco de  terras baratas. Ainda assim, a produção de moradias não deslancha por  aqui, e ao invés de rebaixar o preço da terra, o quereprsesa ocorreu na  prática foi uma supervalorização. Para se ter uma ideia, em um  loteamento em frente à Ocupação Jardim da União, no Varginha, o  terreno de 5 X 25 metros custa cerca de 150 mil reais. E uma área  próxima a Avenida Teotônio Vilela foi leiloado por 300 mil reais há  uns quatro anos; no ano passado o terreno foi colocado à venda por 7  milhões, e este ano esse valor aumentou para 18 milhões de reais. Mas  para o grande capital imobiliário, uma alternativa já havia sido  construída: o governo municipal está desapropriando quase todas as  áreas viáveis para a construção de moradias, para entregá-las  gratuitamente às grandes empreiteiras, por meio do tal Fundo de  Arrendamento Residencial (FAR). Assim, quando os governantes dizem aos  movimentos para apresentar uma área viável para a construção de  moradias, trata-se de uma hipocrisia, já que as terras propriedadejá estão  previamente comprometidas ou são caras demais para comprar com recursos do programa. Ou os governantes garantem áreas para  atender à demanda de moradia do povo em luta, ou novas ocupações  ocorrerão, a construção de moradias continuará inviabilizada, e o  problema só irá se agravar.

AGORA: Jd. da União Luta pela Saúde

AGORA: PROTESTO PELO ATENDIMENTO DE SAÚDE DOS MORADORES DA OCUPAÇÃO JD. DA UNIÃO

Um conjunto de moradores do Jardim da União realizam neste momento uma marcha silenciosa até a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Chácara do Conde, cobrando explicações sobre a negação de atendimento às famílias da Ocupação.
Gestantes, idosos, recém-nascidos, pessoas com doenças graves e em tratamento com remédios controlados, e qualquer um que busque atendimento nos postos de saúde da região encontra portas fechadas no momento em que os funcionários descobrem que o paciente reside na Ocupação.
Qualquer pessoa que depende do sistema público de saúde sabe que o atendimento nas UBSs é a base para qualquer outro atendimento especializado, incluindo o fornecimento de remédios, o agendamento de exames e cirurgias etc. Nesse sentido, a discriminação contra os moradores do Jardim da União é uma violência sem tamanho, praticamente uma condenação à morte das pessoas com alguma doença grave.
Segundo o gerente da UBS Chácara do Conde a ordem para a negação do atendimento partiu da Subprefeita da Capela do Socorro, Cleide Pandolfi. E o argumento mobilizado pelos atendentes dos postos de saúde é a ausência de um endereço. Ocorre que a Ocupação Jardim da União existe há mais de 1 ano, e possui endereço, ruas amplas, as casas possuem números, o acesso é fácil, o espaço é organizado.
Não existe assim qualquer razão verdadeira para essa terrível negligência, apenas o preconceito e o sadismo por parte dos gestores das UBSs e da Subprefeitura, muito mais preocupados com cifras do que com as necessidades da população.
Caso esse quadro não mude imediatamente, as famílias do Jardim da União iniciarão uma jornada de lutas para combater a discriminação e garantir o atendimento nas UBSs.
(Segue aí o link de um vídeo no qual algumas moradoras relatam a falta de atendimento: https://vimeo.com/110124528).
Contatos:
Sandra: 981598698
Valéria: 966987071
Sônia: 961317816

Jornada de Lutas

Ocupação da CDHU e Acorrentamento no SEHAB

 

Como os compromissos firmados com o Jardim da União envolveram governo estadual e municipal, além de ocupar a CDHU e bloquear a rua Boa Vista, iniciamos um acorrentamento na SEHAB. E a jornada está apenas começando!

Jornada de Lutas

Nova Ocupação da CDHU

 

Mais um dia de protesto contra o império das empreiteiras e pela conquista de um projeto habitacional que atenda à população em luta.

Desde que ocorreu a onda de ocupações no Extremo Sul de São Paulo, há mais de um ano, temos feito inúmeras lutas e reuniões com membros do poder público no sentido de garantir o atendimento habitacional a centenas de famílias do Extremo Sul de São Paulo, vítimas dos despejos e da especulação imobiliária que fez o custo da terra e dos aluguéis explodir em nossa região.

Nesse período, foram firmados diversos compromissos, repetidamente descumpridos ora pelo governo municipal, ora pelo estadual.

No início de junho, diante de um despejo iminente, os membros da Ocupação Jardim da União fizeram um protesto na CDHU, onde conquistamos a suspensão do processo de reintegração de posse por seis meses, para que se tivesse tempo para se encontrar uma solução à demanda da ocupação. Nessa ocasião, ocorreu uma reunião com os Secretários Municipais de Planejamento e de Habitação, e com o Secretário Estadual de Habitação, em que foram agendadas duas reuniões técnicas (envolvendo SEHAB, COHAB, CDHU e CETESB) e uma reunião final (no dia 29/08) para formalização de uma proposta definitiva.

Com atrasos, essas reuniões ocorreram, mas não houve proposta. Assim, o tempo está passando, o prazo de suspensão do processo está se esgotando, e não há sinal de solução. Diante disso, e das informações levantadas nas tantas reuniões que tivemos com técnicos e com os Secretários de Habitação do Estado e do Município, com o Presidente da CDHU, com a Secretária Municipal de Planejamento, com o Prefeito, entre outros, há cerca de 15 dias nós apresentamos aos últimos uma proposta, que segue anexada, e não obtivemos resposta.

É para cobrar um posicionamento efetivo e definitivo à nossa proposta que mais uma vez saímos às ruas, dando início a uma nova jornada de lutas.

Não deixaremos que nossa comunidade seja destruída e que tantas famílias sejam jogadas à sarjeta. TODO PODER AO POVO!

 

Contatos:

Sandra: 981598698

Renan: 953449271

Ari: 949341187

Seu Luís: 959645843

Biblioteca do Jardim da União

Inauguração da Biblioteca “La Lucha”

Pequeno registro da inauguração da Biblioteca “La Lucha”, do Jardim da União. Mais um espaço de organização feito por nós, para nós. Todo Poder ao Povo!

Vídeo: Encontro de guerreiros e guerreiras

Encontro das Ocupações e companheir@s

As Ocupações Jardim da Luta e Jardim da União caminham juntas desde o início das ocupações no extremo sul. Este vídeo é de um encontro na Ocupação Jardim da Luta com companheiros do Jd. da União, do bairro e do Cursinho Popular Raiz: capoeira, futebol, companheirismo, humildade, diversão entre lutadores, lutadoras e crianças e jovens crescendo na luta.  

Logo estaremos juntos de novo, só que dessa vez nas ruas de SP. A luta continua! Força pra nóis e todo poder ao povo!

 

Inauguração da Biblioteca do Jardim da União

biblioteca

Teatro hoje na Ocupação Jd. da União

brava hoje

Jardim da União e Mangue Seco querem busão

Comunidades unidas pra lutar

A luta da periferia está na história de cada comunidade, e no Mangue Seco não é diferente. Segundo relatos dos moradores, muitos deles foram enganados e compraram lotes irregulares há cerca de 15 anos. Casas de alvenaria construídas com muito esforço foram destruídas por 3 vezes, e além dos despejos e das ameaças que alguns moradores enfrentam até hoje, as famílias do Mangue Seco sofriam com falta de luz, de asfalto, de água, de transporte, e eram muito discriminados: chamados de invasores e criminosos, não eram atendidos pelos serviços de saúde, sofriam preconceito nos comércios locais, etc. Muitas lutas foram feitas, e tudo o que se conseguiu foi conquistado com a organização e a luta dos próprios moradores, que está longe de acabar.

Uma das demandas do bairro e dos moradores da Ocupação Jardim da União é a criação de uma linha de ônibus que saia do bairro e vá direto ao Terminal Grajaú. Até hoje, para chegar em suas casas, as pessoas caminham bastante pelas ruas e pelo escadão sem iluminação, que oferece riscos nas madrugadas e noites, cheias de trabalhadores indo e voltando do trabalho.

mangue seco

Essa é uma luta antiga do bairro, mas nenhuma promessa saiu do papel. Agora é demanda também para a comunidade da Ocupação Jardim da União, que é vizinha do Mangue Seco há quase uma ano. A Ocupação se junta à luta do bairro, somando forças e se organizando para lutar.

Em reunião das duas comunidades do final de semana já foi feita até uma música pra luta:

“Jardim da União e Mangue Seco qué busão                                       Bora organizar e lutar por condução!” 

Todo poder ao povo!!!

Festa na Ocupação Jd. da Luta

Encontro de Guerreiros e Guerreiras

Neste domingo a Ocupação Jardim da Luta é que organizou a festa junina e recebeu companheiros e companheiras da Ocupação Jardim da União.  A tarde começou com uma linda roda de capoeira, com as músicas de resistência e luta,  jogo de crianças e adultos.

roda 1

Em seguida um campeonato de futebol de varzea, com times da comunidade, do cursinho popular Raiz, e com o clássico do futebol popular: Jd. da União FC  X  Jd. da Luta FC.

jogo

A partida contou com muita emoção da torcida e ambalou a festa de confraternização entre as ocupações, com muita comida, bebida, formação de quadrilha e acaboufogueira com uma grande fogueira para nos aquecer na beira da represa. Todo poder ao povo! A luta continua, com muita  união e luta!

Junho de 2013, depois de um ano

Muito além dos 20 Centavos???????????????????????????????

Há um ano, em meio à onda de protestos contra o aumento da passagem, aqui em nossa região o agito foi grande: ocorreram grandes passeatas, ondas de saques e diversos confrontos com a polícia. Apesar de termos chamado o ato de comemoração da derrubada do aumento, em 20 de junho de 2013, dizendo que “20 centavos foi só o começo”, sabíamos que não foi nem o começo, e muito menos o final da luta.

Protesto dia 18/06/13

Sem se contaminar pelo discurso e prática “coxinha” da classe média, nacionalista e conservadora, no extremo sul de São Paulo as manifestações foram ganhando um sentido coletivo e cada vez mais radical, em grande parte pelo esforço conjunto de militantes de movimentos e coletivos que já tinham um histórico de intervenções e discussões na região, e que tiveram uma atuação efetiva nos protestos, refletindo sobre o significado da revolta popular e os riscos dela ser apropriada pelos conservadores, criticando o oportunismo eleitoreiro e o aparelhamento das lutas, realizando reuniões de planejamento dos atos, confeccionando coletivamente as faixas, os cartazes, etc.

Protesto dia 20/06/13

Com isso, enquanto no centro manifestantes brigavam entre si por pautas difusas e muitas delas colocadas pela grande mídia, por aqui, a marcha em comemoração à revogação do aumento contou com poesia, teatro, e muitas outras manifestações de união e coletividade. Provocou ainda desdobramentos importantes, como a formação do coletivo “Luta do transporte no extremo sul”, que se organizou durante as reuniões de análise da conjuntura, que ocorreram na sequencia dos atos, fortalecendo a articulação entre os grupos que já estavam atuando conjuntamente e ampliando para outros movimentos e outros coletivos de militantes de outras regiões e até de outras cidades.
Na sequencia das jornadas de junho de 2013 houve uma avalanche de ocupações de terra no extremo sul, que envolveu milhares de pessoas, e estimulou ocupações em outras regiões da cidade.

Por aqui, as ocupações deram origem a muitas experiências organizativas. Algumas rezam a velha cartilha, com suas “lideranças” autoproclamadas, boas de lábia, populistas, vinculadas aos politiqueiros locais, tentando colocar debaixo do braço aqueles “bocas abertas” que têm preguiça de pensar com as próprias cabeças e preferem ser tratados como gado. Em quase todas chegaram assessores de políticos ou militantes de movimentos, oferecendo advogados “milagreiros” buscando assim assumir o controle dos processos organizativos. Outras dessas experiências deram um pé no traseiro dos politiqueiros, e colocaram em primeiro plano a autonomia e a luta direta. Resistindo aos despejos e aos ataques dos governos e das grandes empreiteiras, algumas dessas ocupações permanecem de pé, e buscam se fortalecer e desdobrar suas lutas, numa experiência cotidiana de construção do poder popular.
O saldo desse processo ainda é indefinido. As ocupações irão ouvir o canto da sereia do Estado e dos candidatos, e se dobrar a negociatas? Ou será que vão aprofundar o caminho da auto-organização? Nesse caso, serão esmagadas ou conseguirão resistir?
Não sabemos, mas de todo modo, a nossa escolha foi feita: sempre contra a maré, vamos dedicar nossas forças a combater as burocracias e a fortalecer a organização popular de caráter revolucionário. Se tivermos êxito, esses esforços darão origem a outros movimento e a outras lutas, mais consistentes e radicais, num processo de longo prazo. Caso contrário, reconheceremos a queda, sacudiremos a poeira, e nos lançaremos a novas tentativas. Todo Poder ao Povo!

do centro pro graja. contra os massacres

Festa Junina da Ocupação Jardim da União

Formação de quadrilha – venham dançar com a gente! 

FESTA JUNINA